Os filmes do Shyamalan
13 abril
Ei!
Essa semana que passou, eu e meu amor fizemos uma mini maratona de alguns filmes do M. Night Shyamalan, com o objetivo de produzir mais conteúdo aqui pro blog. Inclusive, isso é algo que farei com frequência, então preparem-se pra muitas postagens sobre filmes bem bacanas por aqui.
Shyamalan é um diretor conceituado e bem aclamado desde seu primeiro grande sucesso em O Sexto Sentido(1999), de lá pra cá ele escreveu, produziu e dirigiu vários outros filmes que seguem um certo padrão, que se torna fácil identificar quais filmes são deles ou não, mesmo antes de sabermos, só ao assistir.
Em nossa mini maratona assistimos Corpo Fechado (2000), Sinais (2002), A Vila (2004), Fim dos Tempos (2008) e A Visita (2015). E eu pude confirmar uma coisa, de longe, o meu preferido do diretor é A Vila.
O objetivo inicial dessa maratona de filmes, que fizemos, foi para ter um pano de fundo embasado ao assistirmos Fragmentado. Já assisti e trarei minha opinião pra vocês muito em breve, provavelmente em vídeo, mas ainda estou decidindo. Só posso dizer uma coisa, QUE FILMÃO!
Espero que tenham gostado do post tanto quanto eu gostei de fazer. Vou trazer mais conteúdos assim pra cá pro blog, o que acham? Opiniões e críticas sobre filmes, assim mais aprofundadas, ou sobre algum tema específico do cinema. Me digam o que acham aqui nos comentários, ok? ♥
Em nossa mini maratona assistimos Corpo Fechado (2000), Sinais (2002), A Vila (2004), Fim dos Tempos (2008) e A Visita (2015). E eu pude confirmar uma coisa, de longe, o meu preferido do diretor é A Vila.
No filme Corpo Fechado (2000), Shyamalan tinha o peso sobre si, de repetir o grande sucesso de O Sexto Sentido, e sabemos que isso era uma cobrança grande, já que esse filme foi um marco no cinema de plots twist. Corpo Fechado que traz a história de um homem que é o único sobrevivente de um acidente de trem, tal homem interpretado por Bruce Willis é localizado pelo conhecido Sr. Vidro, um homem que tem uma grave doença, onde todos os seus ossos são frágeis e facilmente suscetíveis a quebras. Esse personagem interpretado por Samuel L. Jackson, busca um homem que seja oposto a ele, que não sinta dor ou não fique doente. Com essa base da história, várias coisas vão se desenrolando até um misto de realidade e quadrinhos. Particularmente, a história e o roteiro não me agradaram e isso ainda culminou com uma rasa atuação de Bruce Willis. O ponto alto, no entanto, é o típico jogo de câmeras do diretor, sempre mostrando um plano limitado para nossa visão, fazendo com que a cena seja mais carregada de emoção e aflição, dependendo do momento. Detalhe para uma cena onde entre pai e filho, onde não precisou de diálogo, apenas um bom enquadramento e alguns poucos elementos de cena. Isso, aliás, é ponto característico do diretor e vamos ver diversas vezes em outras produções. Com esse filme, para mim, ele não ficou nem perto de repetir o sucesso do filme anterior, mas acredito que conseguiu convencer, principalmente aos fãs de quadrinhos.
Já em Sinais (2002) que eu já havia assistido há anos e sabia que gostava, mas precisava rever pros detalhes estarem mais fortes na minha memória. Aqui nós temos um homem viúvo que desistiu da carreira de pastor e perdeu a fé em Deus, cuida sozinho de seus dois filhos pequenos com a ajuda do seu irmão, um ex jogador de basebol, que parece que não encontrou seu lugar ali. Não temos grandes mistérios, pois desde sempre sabemos que é um filme que contém alienígenas, mas acima de tudo e antes que alguém possa reclamar sobre ser um ruim exemplo de ficção científica, eu lhes digo que não é um filme desse gênero, mas sim um filme que fala sobre fé e relações familiares. Sobre perder/ter fé em si, nos outros e em algo maior. A fé e a família, aliás, também são pontos característicos e muito presentes nos filmes do Shyamalan, podemos ver isso em O Sexto Sentido, Corpo Fechado(apesar de não ter convencido), Sinais, A Vila, A Visita. Muito desses filmes se baseiam nas relações familiares ou nas relações e definições de sociedade. Mas voltando a Sinais, só de ter Joaquin Phoenix no elenco já me dá uma boa porcentagem de motivo pra eu gostar do filme. Mel Gibson, também está bem no papel de pai sofrido e resignado, as crianças estão ótimas, ainda podemos ver a fofíssima Abgail Breslin ainda bem novinha. Como no filme anterior, não temos um grande plot twist, mas mesmo assim podemos ver as características e recursos do diretor, como por exemplo, uma cena que é mostrada apenas pelo reflexo da tv, deixando o público bem angustiado, reação essa, que M. Night Shyamalan sempre desperta, ao menos em mim.
E não entra na minha cabeça, como alguém pode não gostar desse filme. Aqui, até então, é o auge do diretor. Ele utiliza de suas técnicas de enquadramento, excelente elenco, todos os conflitos familiares, individuais e de sociedade e ainda tem um ótimo plot twist. Nesse filme, há uma comunidade que vive isolada do mundo, com costumes bem antigos. É proibido se relacionar com as pessoas ou criaturas que vivem além do limite da comunidade, e a cor vermelha é proibida, pois é vista como cor maldita. Alguns ataques estranhos começam a acontecer aos animais da vila e as pessoas começam a se amedrontar. O personagem vivido pelo brilhante Joaquin Phoenix deseja sair da vila pra buscar medicamentos pras pessoas do lugar, mas um acontecimento acaba fazendo com que outra personagem vá no lugar dele. Vale ressaltar a sensibilidade e primor da atuação de Bryce Dallas Howard (Jurassic World), Joaquin Phoenix e Adrien Brody (O Pianista). Quando forem assistir, por favor foquem na cena do personagem vivido pelo Adrian está na varanda e sem palavra alguma ele expressa tudo. Essa cena me arrepia, só de lembrar.
Depois de assistir o maravilhoso A Vila, assistir Fim dos Tempos (2008) é quase um grande balde de água fria. Esse não foi a sequencia de filmes lançados pelo diretor, entre eles teve A Dama da Água (2006), que eu não assisti. Mas Fim dos Tempos tinha uma premissa interessante, algo bem Caixa de Pássaros, as pessoas estavam suicidando misteriosamente, sem nenhum motivo aparente e isso estava se alastrando por todas as cidades. Com isso a população se desesperou e ia pra onde, de acordo com a história, poderiam estar a salvo. Mas o que parece promissor, fica por aí. Foram muitos os momentos em que durante o filme, eu esqueci quem estava dirigindo, pois raramente vemos alguma coisa do Shyamalan ali. Mas o principal erro, de longe, foi a escolha do elenco. Mark Wahlberg (Ted) e Zooey Deschanel (500 Days of Summer) foram os protagonistas. Eu adoro a Zooey, de verdade, mas tenho de admitir que atuar não é o forte dela, pois sempre vemos o mesmo papel em qualquer filme que ela faça, e esse é mais um deles. Já Wahlberg, não é um ator muito expressivo em sua atuação e é um tipo que as vezes não dá muito pra se levar a sério, tinha momentos que parecia que eu estava assistindo Ted. Tudo isso fez qualquer carga dramática cair a zero, fora o fato de não rolar uma explicação convincente que justifiquem os eventos e ter um péssimo roteiro. Enfim, um filme fácil de se esquecer.
Em A Visita, Shyamalan une-se ao produtor de Atividade Paranormal, para fazer um filme de terror no estilo found footage, que consiste em um dos personagens filmando dentro do filme, como se fosse um documentário da história. Nesse caso, feito pela Becca e seu irmão Tyler, quando vão visitar
seus avós que nunca conheceram, com esse documentário, a menina pretende reaproximar os avós de sua mãe. Mas quando estão lá, coisas muito estranhas começam a acontecer e eles estão sozinhos. O filme não convence como terror, mas pode ser visto como um thriller psicológico, principalmente por conta do documentário das crianças. Crianças essas, que atuam muito bem e tem muita química em cena. O filme traz boas cenas de susto, algumas bizarras, e uma reviravolta interessante no final. Novamente temos os enquadramentos de Shyamalan em algumas situações e alguns dos recursos usados por ele. Mas por conta do found footage, ironicamente, acaba tirando um pouco do brilho do papel do diretor. Então, no geral é um bom filme, que surpreende até certo ponto e cativa. Podemos dizer que é o início da volta do roteirista, produtor e diretor que conhecemos.O objetivo inicial dessa maratona de filmes, que fizemos, foi para ter um pano de fundo embasado ao assistirmos Fragmentado. Já assisti e trarei minha opinião pra vocês muito em breve, provavelmente em vídeo, mas ainda estou decidindo. Só posso dizer uma coisa, QUE FILMÃO!
Espero que tenham gostado do post tanto quanto eu gostei de fazer. Vou trazer mais conteúdos assim pra cá pro blog, o que acham? Opiniões e críticas sobre filmes, assim mais aprofundadas, ou sobre algum tema específico do cinema. Me digam o que acham aqui nos comentários, ok? ♥
2 Comments
não fique brava, mas da seleção ainda não assisti nenhum :O prometo remediar isto
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Nati,
ResponderExcluirMeu Deus, eu assisti a quase todos esses filme, mas não sabia que eram do mesmo diretor. Desses o que menos gosto é a Vila, me lembro que no trailer fiquei muito empolgada, mas quando assisti a trama fiquei decepcionada. Assisti Fragmentado e se tornou um de meus filmes favoritos, ele é uma "continuação" de Corpo Fechado e terá, ainda, mais um filme fechando uma trilogia. Se irá acontecer mesmo não sei, mas torço muito para que se concretize.